Equipe:


Aurélio Giacomelli da Silva - Promotor de Justiça

Letícia Titon Figueira - Assistente de Promotoria

Ana Paula Rodrigues Steimbach - Assistente de Promotoria

Mallu Nunes - Estagiária de Direito

Giovana Lanznaster Cajueiro - Telefonista

Mário Jacinto de Morais Neto - Estagiário de Ensino Médio




terça-feira, 14 de maio de 2013

Dia 18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes



Araceli Cabrera Sánchez Crespo foi uma criança que foi assassinada de forma bárbara em 18 de maio de 1973. Seu corpo foi encontrado somente seis dias depois, desfigurado e com marcas de abuso sexual. Vinte e sete anos depois, a data de sua morte foi transformada no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes pelo Congresso Nacional, por meio da Lei N° 9.970, sancionada em 17 de maio de 2000 (mais informações leia aqui).


Para que possamos ter uma pequena noção do que sentem as vítimas da exploração ou do abuso sexual, seguem alguns depoimentos de crianças e adolescentes, que extraímos daqui.

"O que aconteceu comigo foi muito doloroso... Meu avô era alcoólatra... Minha avó, submissa a seus caprichos... Nós três sabíamos de tudo... Eu era uma criança... acho que tinha uns quatro anos... talvez... quando o meu avô me mandava pegar, brincar, chupar, eu fazia tudo com a maior naturalidade, porque muitas vezes minha avó fingia que não via... "
depoimento anônimo publicado no fanzine "Bendita" 

"Tenho nojo do meu corpo, medo de sair na rua e de ficar em casa. Não estou bem em lugar nenhum, acho que a qualquer momento vai acontecer de novo"
Garota, 13, vítima de estupro 

"Ele [o abusador] me chamava e deixava eu jogar videogame... Depois mandava eu abaixar as calças. Aconteceu muitas vezes, não sei quantas... Eu peguei meu irmão porque, às vezes, sinto uma vontade... De mulher, não sei... Não consigo me controlar, aí peguei ele [o irmão]... Eu sei que estou errado"
Menino, 12, vítima de abuso sexual que começou a reproduzir a situação com o irmão de três anos 

"Eu estava muito ruim, lembrava o tempo todo, tinha medo de sair de casa, ficava achando que todo homem que sentava ao meu lado no ônibus era ele. Mas já melhorei, domingo fui ao shopping com minhas amigas. Acho que não é porque isso aconteceu que nenhum homem vai me aceitar... Quero encontrar um namorado, quero me casar e ter filhos"
Garota, 13, violentada

Sobre esse mesmo assunto, é muito interessante um Projeto que mostra vítimas de abusos sexuais segurando cartazes com frases ditas pelo violentador. a fotógrafa Grace Brown iniciou em 2011 o Projeto Unbreakable (veja aqui)

As fotos abaixo, desse Projeto, foram extraídas do site Hypeness (aqui):

“Ninguém vai acreditar em você. Sou seu marido – é a sua palavra contra a minha”



“Ande logo e arrume essa bagunça” – ele se referindo ao sangue e sêmen no chão.

“Me dê um beijo de boa noite.”

“Pare de fingir que você é um ser humano.”

“Isso fica entre nós” – meu avô, quando eu tinha 6 anos, depois 16, quando as memórias voltaram.

“O que temos é tão especial, que as outras pessoas não vão entender.”

“Você é uma menina má, não eu. Se lembre que você começou tudo isso.”

“Você gosta disso?”

“Não se preocupe, meninos geralmente gostam disso.”

“Você é bonita demais pra ser lésbica.”

“Seus pais foram jantar, mas não se preocupe – eu vou cuidar de você.”

"Vai levar apenas 10 minutos" / "Você é um pedaço de m..."

Como ler essas mensagens e não se sensibilizar? Como não se somar aos muitos que já lutam contra essa chaga social que é o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo? A SOCIEDADE PRECISA SE MOBILIZAR! Então auxilie o Conselho Tutelar, a polícia, o Ministério Público, o CREAS e todos os demais Órgãos de Proteção e caso tenha conhecimento dessa prática, D E N U N C I E!

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