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Ana Paula Rodrigues Steimbach - Assistente de Promotoria

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Polêmica com MasterChef Júnior mostra o poder das redes sociais e evidencia a importância de proteger crianças e adolescentes




Nos últimos dias, as redes sociais receberam uma enxurrada de comentários sobre as ofensas sofridas por uma das participantes do programa “Masterchef Júnior”. Durante a exibição do programa de estreia do reality show, uma a menina de 12 anos foi alvo de comentários com teor sexual. Para Itamar Gonçalves, Gerente de Advocacy da Childhood Brasil, o fato pode ser considerado um caso de assédio sexual, uma das modalidades de abuso sexual virtual.

Itamar Gonçalves explica que por mais que não exista o contato entre as pessoas, o fato é considerado sim uma modalidade de abuso sexual: “Existe uma cultura entre os usuários da internet de que ela é um espaço livre, sem leis e responsabilidades. Mas isso não é real: a situação evidenciada essa semana nas redes sociais pode ser considerada como um crime cibernético de abuso sexual virtual”.

Para Itamar, a maior preocupação no momento deve ser a proteção da adolescente que sofreu violência sexual: “A primeira ação deve ser cuidar da criança e protegê-la de todos os danos possíveis que esse assédio possa  causar”, enfatiza.

Com a grande repercussão do caso, milhares de homens e mulheres começaram a relatar publicamente nas redes sociais, por meio da hashtag #primeiroassédio, a primeira vez que sofreram violência sexual. Já foram contabilizados mais de 29 mil histórias, até a publicação deste post. “As redes sociais permitem que casos como esse, que antes ficavam apenas com a vitima e o agressor, sejam expostos ao público ajudando a dar dimensão a esta grave violação dos direitos de crianças e adolescentes”, destaca.

Para começar a reverter essa situação triste, segundo Gonçalves, é preciso rever a forma que se ensina ou fala de sexo dentro de casa, espaços comunitários e nas escolas: “A sexualidade ainda é um tabu no Brasil. Precisamos ajudar as crianças e adolescentes a distinguir um toque de carinho por um adulto pelo de abuso. A prevenção do abuso sexual contra crianças e adolescentes deve ocorrer na perspectiva da educação global. A criança precisa saber caso ocorra a violência sexual que o culpado é sempre o agressor e não ela.”.

É importante que os responsáveis por crianças ou adolescentes sempre mantenham uma relação de confiança, de forma que se algo ocorrer, ela se sinta confortável para relatar o ocorrido. Além disso, dispor de tempo para ouvir crianças e adolescentes e acreditar nelas, é essencial. Muitas das pessoas que passaram por violência, sentem-se ressentidas pois, ao revelar suas experiências para  adultos e responsáveis, estes não acreditaram ou não deram a devida atenção ao problema.


FONTE: CHILDHOOD BRASIL (veja aqui)

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