Alguns educadores trabalham aqui, na casa lar masculina |
Quando uma criança ou adolescente sofre algum tipo de violação a seus direitos que justifique a retirada de sua família e quando realmente está comprovado que não há qualquer ente familiar que possa obter a sua guarda, é aplicada a medida protetiva de acolhimento institucional.
Esta medida, de alta complexidade, de responsabilidade dos Municípios, que pode ocorrer na modalidade de casa-lar ou de "abrigo" institucional, deve ser temporária e excepcional, para que a criança ou o adolescente ou retorne para a convivência familiar ou para uma família substituta, sob determinação judicial.
Ocorre que no período - por vezes longo demais - que a criança e o adolescente permanecem acolhidos, eles acabam formando uma nova família, juntamente com os educadores sociais.
Esses profissionais, que nada têm de "monitores" ou "guardas", são responsáveis no auxílio à educação e à ressocialização desses infantes tão vitimizados em virtude da omissão da família, do Estado e da própria sociedade.
Os educadores sociais vivem situações difíceis, complexas, muitas vezes sem as condições necessárias de estrutura, mas se constituem no último e único porto seguro das crianças e adolescentes, criando vínculos que repercutirão positivamente pelo resto das vidas dos acolhidos.
Muito longe da equivocada denominação e finalidade de "abrigo", o acolhimento institucional tem, portanto, o objetivo de reconstruir a vida e a cidadania de crianças e adolescentes. Por esse motivo, a função dos educadores sociais é tão importante.
Portanto, é imprescindível que a sociedade reconheça e valorize a função de educador social, sendo que inclusive no caso de Palhoça tais profissionais necessitam de uma valorização salarial e trabalhista muito maior, levando-se em conta as atribuições essenciais desses educadores.
A 1a. Promotoria de Justiça de Palhoça apóia todas as melhorias solicitadas e relacionadas ao trabalho dos educadores sociais das casas lares de Palhoça porque, mesmo que indiretamente, nossas crianças e adolescentes acolhidas serão beneficiadas e muito nos agradecerão.
Obrigada à Primeira Promotoria de Palhoça por todo o apoio. Tenho certeza de que juntos poderemos melhorar as condições do atendimento prestado às crianças e adolescentes acolhidos. Há muito o que ser feito ainda. Mas, as coisas estão caminhando, e é muito bom saber que podemos contar de verdade com o MP. Mais uma vez, obrigada, em especial ao nosso Promotor da vara da Infância e Juventude.
ResponderExcluirAgradeço o reconhecimento do nosso trabalho por parte de uma autoridade tão importante! ainda pelo apoio a nossa luta por melhorias para a instituição, atendimento as crianças e condições de trabalho, algo que era invisível durante anos, como relata os colegas mais antigos. Saiba que a promotoria poderá contar conosco!
ResponderExcluirObrigada à Primeira Promotoria de Palhoça pelo reconhecimento de nosso trabalho. E pelo declarado apoio a nossa luta por melhores condições de trabalho e valorização salarial. Mais uma vez obrigada.
ResponderExcluirParabéns à Promotoria por trazer a público um pouco da atual situação dos educadores sociais do município de Palhoça. Que os mesmos tomem força para continuar realizando seu trabalho, ainda que em condições adversas, e que a Promotoria continue apoiando a luta de trabalhadores nas mais variadas áreas de município de Palhoça, cidade essa que há tempo sofre com a inabilidade na gestão, principalmente de pessoas.
ResponderExcluirAgradecemos pelos comentários. Estamos apenas tentando cumprir nossas obrigações.
ResponderExcluirBelíssima matéria publicada no Jornal Palavra Palhocense...
ResponderExcluirParabéns à essa Promotoria pelo trabalho que tem feito na defesa dos direitos das crianças e adolescentes de Palhoça. E pelo apoio aos educadores sociais das Casas Lares. Criança não vota; talvez essa seja a explicação para tanto descaso por parte da Prefeitura.
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