Equipe:


Aurélio Giacomelli da Silva - Promotor de Justiça

Letícia Titon Figueira - Assistente de Promotoria

Ana Paula Rodrigues Steimbach - Assistente de Promotoria

Mallu Nunes - Estagiária de Direito

Giovana Lanznaster Cajueiro - Telefonista

Mário Jacinto de Morais Neto - Estagiário de Ensino Médio




terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Liminar obriga Palhoça a acabar com a fila de espera do PAEFI



O município de Palhoça deverá prestar atendimento a todas as 171 crianças e adolescentes que aguardam na fila de espera do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). A decisão judicial estabelece, também, que assistentes sociais, psicólogos e pedagogos sejam contratados para atender a demanda reprimida. A liminar atende ao pedido ajuizado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Palhoça.

O município tem até 90 dias, a contar da intimação, para regularizar o atendimento do PAEFI. Caso o prazo não seja cumprido, foi fixada multa diária de R$ 1 mil, a ser dividida entre o Prefeito de Palhoça e o Secretário Municipal de Assistência Social. O montante deverá ser revertido em favor do Fundo da Infância e Juventude (FIA) de Palhoça .

O PAEFI é um serviço de proteção social especial, integrante do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e tem como objetivo oferecer apoio, orientação e acompanhamento especializado a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos. O PAEFI de Palhoça deveria ter dez equipes técnicas trabalhando, mas existem apenas sete equipes completas que estão em atividade e uma está funcionando com o quadro de profissionais incompleto.

Desde 2011, o MPSC identificou a deficiência do quadro funcional do PAEFI e ajuizou ação para garantir o atendimento a todas as famílias. Como uma decisão do Tribunal do Justiça desobrigou o município a estruturar o serviço para dar conta da demanda futura, novas filas de espera foram formadas. A 1ª Promotoria de Justiça de Palhoça chegou a tentar um acordo extrajudicial para resolver a situação, mas, de acordo com o Promotor de Justiça Aurélio Giacomelli da Silva, essa alternativa mostrou-se inviável: "a inexatidão de dados e a incerteza da Coordenação do PAEFI no que se refere ao número necessário de profissionais que são necessários para entrada no serviço inviabilizam a celebração de termo de compromisso de ajustamento de conduta".

A decisão liminar é passível de recurso. (Autos n. 0903069-80.2013.8.24.0045)

Redação: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

2 comentários:

  1. Prezados senhores,
    Isto é sem dúvida louvável. Mas, por favor, determinem também o conserto do ar condicionado da sala do PAEFI, pois os profissionais estão passando mal com este calor horrível. Há tempos ouvimos dizer que estão verificando, sempre vem alguém diferente olhar o aparelho e não dá jeito.

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  2. Gostaria muito de saber onde está a prioridade no atendimento de crianças e adolescentes? Chego a conclusão de que a Prefeitura da Palhoça não sabe o que é isso! Como já informado acima, o número de profissionais do PAEFI é insuficiente, e os que ali trabalham ficam sobrecarregados. Recentemente novos profissionais do último concurso foram chamados, além do processo seletivo que foi realizado, mas estão querendo encaminhá-los para outros projetos (como a habitação e a saúde) , onde os salários inferiores beneficiam os cofres públicos. Querem profissionais efetivos, mas pagam salários de temporários. Insalubridade e periculosidade não existe na Prefeitura de Palhoça, isso explica a alta rotatividade de profissionais nos mais diversos projetos, já que não são valorizados e infelizmente a população é a maior prejudicada.

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