Equipe:


Aurélio Giacomelli da Silva - Promotor de Justiça

Letícia Titon Figueira - Assistente de Promotoria

Ana Paula Rodrigues Steimbach - Assistente de Promotoria

Mallu Nunes - Estagiária de Direito

Giovana Lanznaster Cajueiro - Telefonista

Mário Jacinto de Morais Neto - Estagiário de Ensino Médio




terça-feira, 11 de junho de 2013

A adoção por casais homossexuais, por CAMILLE STALLEIKEM*



A habilidade para amar, estabelecer uma família, criar e educar um filho sobrepõe-se à discriminação que, infelizmente, ainda se vê em frívolos intelectos, que entendem que a adoção deve ser concedida somente a um casal heterossexual. A fundamental aflição daqueles que se opõem à adoção por homossexuais é a dúvida se pessoas do mesmo sexo têm aptidão para serem pais apropriados. A resposta é óbvia: sim. Pais homossexuais estão aptos a cuidar de um filho tanto quanto pais heterossexuais, uma vez que o elemento primordial dentro de uma célula familiar é o amor.

Os filhos criados dentro de uma família homossexual serão tão ajustados e educados quanto um filho criado no seio de uma família constituída por homem e mulher. O preconceito a respeito da adoção por homossexuais deve ser duramente combatido, visto que todos têm direito à constituição de uma família, independente da sua opção sexual.

É lamentável haver indivíduos que desejam impor suas crenças e ideologias a seres humanos que apenas almejam educar e amar outro ser. Esse pensamento medíocre vai de encontro à igualdade, enunciada na Declaração Universal dos Direitos Humanos e vai de encontro também à Constituição.

É perturbador o preconceito existente contra os homossexuais. Esse tipo de relacionamento é uma realidade social e o Direito não pode fechar os olhos para os direitos dos indivíduos que só estão interessados em dar amor e carinho a alguém que possam chamar de filho.

É hipócrita a oposição da adoção por casais homossexuais, visto que uma pessoa homossexual, sozinha, pode adotar. Então por que não o casal adotar conjuntamente? Isso só prejudica a criança, que é adotada por um só dos integrantes do casal e perde garantias legais que poderia ter caso fosse adotada pelo casal.

Pais homossexuais estão aptos a cuidar de um filho tanto quanto pais heterossexuais, uma vez que o elemento primordial dentro de uma célula familiar é o amor.


*ADVOGADA, MORADORA DE CRICIÚMA

2 comentários:

  1. Bela reflexão, exceto pelo "opção sexual", que nos remete as posições moralistas e preconceituosas de lideres de movimentos contra o homossexualismo, que propõem que a homossexualidade não é natural, é uma opção e tem cura.

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  2. Ola Camille, parabéns pelo seu trabalho. Sou de Catanduva e junto com meu companheiro adotamos a Theodora que acabou sendo a 1a. adoção homoafetiva do Brasil. Acabei de lançar meu livro "DOIS PAIS" que conta esta hiistória pela editora Scortecci. Se quiser um livro ou mais para sua equipe posso encaminhar via correio. fica R$31,00 cada um, além de colaborarem para uma campanha nossa para compra de carrinhos de nenem e cercadinhos para a o abrigo Casa do Menor aqui de Catanduva. Aliás no livro também contamos a história de Helena, nossa caçula e irmã biológica de Theodora. Conheço Criciuma, meu irmão mora em Cocal do Sul, ai do ladinho, tenhos alguns sobrinhos e sobrinhas que moram em Criciuma também. Abraços Vasco - gama.vasco@gmail.com - obs.: postei como anônimo pois não consegui usar uma conta.

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